sexta-feira, 21 de março de 2025

A raposa Fox

Numa manhã fria de outono, quando as folhas das árvores pareciam chamas douradas e o ar carregava o cheiro de terra úmida, uma raposa faminta chamada Astúcia espreitava os arredores da fazenda do velho Benjamim. Seus olhos espertos brilhavam com a determinação de um predador, e seu estômago roncava como um trovão distante.
Astúcia conhecia bem a fama das galinhas de Benjamim. Eram gordas, de penas macias e saborosas, e viviam num galinheiro espaçoso, protegido por uma cerca alta e um cão de guarda feroz chamado Brutus. Mas a raposa não se intimidava. Ela era astuta, rápida e tinha um plano engenhoso.
Naquela noite, sob a luz pálida da lua, Astúcia se aproximou da fazenda com passos silenciosos. Ela sabia que Brutus era um cão preguiçoso, que preferia dormir a latir. Então, com um sorriso malicioso, a raposa pegou um osso saboroso que havia encontrado na floresta e o atirou para longe do galinheiro.
Brutus, atraído pelo cheiro apetitoso, correu atrás do osso, latindo alegremente. Astúcia aproveitou a distração e saltou a cerca do galinheiro, caindo dentro com um baque surdo. As galinhas, assustadas, cacarejaram e se agitaram, mas a raposa era rápida demais.
Ela agarrou a galinha mais gorda e correu em direção à cerca, saltando-a com a presa na boca. Brutus, ao perceber o que acontecia, latiu furiosamente e correu atrás da raposa, mas ela já havia desaparecido na escuridão da floresta.
Astúcia se sentou sob uma árvore, com a galinha entre as patas, e saboreou sua refeição com prazer. Ela era uma raposa astuta, e aquela noite havia provado sua inteligência e habilidade.
No dia seguinte, o velho Benjamim encontrou o galinheiro vazio e as penas espalhadas pelo chão. Ele suspirou, sabendo que a raposa havia vencido mais uma vez. Mas ele não desistiu. Ele era um fazendeiro teimoso, e estava determinado a proteger suas galinhas.
Benjamim construiu uma cerca ainda mais alta, instalou um alarme no galinheiro e treinou Brutus para ser um cão de guarda mais vigilante. Ele sabia que Astúcia era esperta, mas ele era mais esperto ainda.
E assim, a batalha entre a raposa e o fazendeiro continuou, noite após noite, com Astúcia tentando roubar as galinhas e Benjamim tentando protegê-las. Era uma guerra de inteligência e astúcia, onde cada um usava suas armas para vencer.
No final um ladrão popular chamado Lula comeu a penosa.