sexta-feira, 28 de março de 2025

EXPEDITO SÁ

CAJAZEIRADO, Expedito de Sá Moreira, nasceu em Aurora (CE), em 2 de agosto de 1937, era filho de Otávio Barbosa Moreira e Maria Moreira de Sá (Mariinha). 

Expedito estudou no Colégio Salesiano Padre Rolim, onde concluiu o Curso Ginasial; em Fortaleza (CE), fez o Curso Científico; fez vestibular para Agronomia, em Areia (PB), mas não logrou êxito e retornou para Cajazeiras, estabelecendo-se como comerciante na Rua Padre José Tomaz, onde fundou a Madeireira Sá. No Lions Clube, foi presidente por dois mandatos e vice-governador do Distrito L-25. 

Foi, ainda, um ativo radioamador, com o prefixo PR7AC, batizado na linguagem dos radioamadores como ESM: Eco-Sierra-Mike, que ao lado do Monsenhor Abdon Pereira e do advogado Chico Dutra, prestaram muitos serviços à comunidade nos momentos de solidariedade, desastres e calamidade pública, quando as comunicações eram extremamente difíceis. Foi através do radioamadorismo que Expedito fez viagens ao exterior para abraçar inúmeros amigos e companheiros.

Era casado com a professora Teresinha Moreira de Araújo e pai de Reinaldo e Révia Mara. Faleceu no dia 9 de maio de 2019, aos 81 anos, no Hospital Regional de Cajazeiras (HRC). Ele sofria com uma depressão profunda havia alguns meses. (COM INFORMAÇÕES DE JOSÉ ANTÔNIO DE ALBUQUERQUE. FOTO DE JOSÉ MOREIRA LUSTOSA

TESTEMUNHAS ARROLADAS

Testemunha sem documento - e agora?

Imagine que você arrolou uma testemunha, mas no dia da audiência ela comparece sem documento. Como você já deve saber, o juiz e a parte contrária não são obrigados a acreditar que ela é quem está dizendo ser.

Por isso, é muito importante orientar, antes da audiência, a testemunha que você arrolou, no sentido de levar os documentos pessoais.

Mas caso ela vá para a audiência sem os documentos e o juiz se recuse a ouvi-la, use esta dica: pondere com o magistrado que você não deve sofrer as consequências por um lapso da testemunha que você sequer conhece. E que, embora todas as pessoas devam portar o documento de identidade, pode acontecer esquecimento; assim, peça a redesignação da audiência.

O juiz não deve deixar de ouvir as testemunhas porque não está portando o documento de identidade.Dessa forma, pleiteie a redesignação do ato. E se esse pedido não for acolhido, peça para o magistrado utilizar dos sistemas que ele possui à disposição, como o Infoseg, onde é possível acessar dados de identificação das pessoas. Através do sistema ele poderá atestar se a pessoa é realmente quem ela diz ser.

É isso aí, agarra essa dica e coloca ela em prática.

Juca advogado 

GENÉSIO DE CAJAZEIRAS NÃO É JESUS

BAR DO GENÉSIO NO CENTRO DE CAJAZEIRAS E SUAS HISTÓRIAS POR 47 ANOS

Entre uma cerveja gelada e uma pinga, Genésio Pereira, 70 anos (Genésio do Bar), joga conversa fora com os amigos-clientes e relembra casos marcantes da cidade e visitas ao seu bar que ficaram eternizadas – algumas por fotos, outras apenas na memória. Entre políticos de destaque regional, estadual e até nacional, que já beberam no “Bar de Genésio”, estão o ex-Deputado Estadual cajazeirense, Bosco Barreto, já falecido; o Senador paraibano e ex-Governador, José Maranhão e o ex-governador, Wilson Braga. Segundo Genésio, Bosco Barreto, levou o sindicalista, Luiz Inácio Lula da Silva, em 9 de agosto de 1980, para beber pinga no seu bar, quando Lula em visita à Cajazeiras, Sim! Segundo conta o próprio Genésio, Lula, quando “ainda não era famoso”, esteve em Cajazeiras e “cachaça cana em pé no balcão. Tomou mais de uma. Faz tempo. Ele ainda não tinha sido presidente”.

O Bar de Genésio, como a maioria dos antigos bares de Cajazeiras, é local onde velhos amigos se encontram para beber e matar saudade. Os agricultores João Nonato, de Cachoeira dos Índios (PB) e Francisco Barreto, de Cajazeiras, que frequentam o estabelecimento há 40 anos e contam, que se conheceram na fila de um banco, mas, foi no bar de Genésio, que estreitaram os laços de amizade. “Eu me sinto bem aqui. Se eu vier no Centro, tenho que vir aqui tomar minha cervejinha. Ele recebe a gente bem, conversa com a gente, pergunta as coisas. Aqui a gente se sente bem”, diz João Nonato.

Genésio, mais conhecido como “Genésio do Bar”, tem muita história para contar. É claro, que a maioria delas se passou dentro do seu estabelecimento comercial, um pequeno boteco no Calçadão Tenente Sabino, no Centro da cidade, onde há várias décadas parte da velha guarda se reúne para ‘tomar uma’ e bater papo.

(POR Luis Fernando Mifô. Em 31/01/2018)

quinta-feira, 27 de março de 2025

Um magistrado demonstra sua admiração

Ontem eu tive a oportunidade de ler o voto do Ministro Alexandre de Moraes que condenou uma mulher a 14 anos de reclusão por, supostamente, ter praticado os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e associação criminosa. 

Como ex-juiz de direito, advogado, professor, jurista e cidadão, confesso que fiquei estarrecido.

Nos meus quase dez anos de magistratura, condenei e absolvi réus. Certamente cometi erros, mas, com todo respeito, nenhum deles com tamanha envergadura.

Após ler atentamente cada palavra das noventa e uma páginas do voto, confesso que caí em lágrimas. Quisera eu que o pranto fosse de orgulho do constitucionalista que um dia escrevera obras jurídicas importantes para o nosso país. Longe disso.

Procurei na decisão alguma linha que especificasse, de forma objetiva - sem rodeios e sem firulas jurídicas - a prática dos verbos nucleares dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal) e de Golpe de Estado (art. 359-M do Código Penal).

Não encontrei absolutamente nada.

No tribunal onde se esperava justiça, entronizou-se a vingança. Selou-se um destino com a frieza de quem parece não ver, não ouvir e não sentir. Para corrigir um erro, instaurou-se uma tragédia.

A pena não recaiu apenas sobre a mulher. Pelos próximos quatorze anos, duas crianças serão órfãs de mãe viva, sentenciadas ao vazio, ao frio e à dor.

A pena arrancou não só a liberdade da mãe, mas a infância dos filhos, a paz do lar e a fé na Justiça. Isso porque provavelmente alguém decidiu não decidir com a razão, mas com o fígado.

No caso concreto, a justiça não tardou, mas falhou. E como falhou. Ela se fez surda ao contexto e cega aos fatos. Deixou de ser o amparo para se transformar em açoite. E assim, deixou de ser justiça. 

Pior que o juiz que decide por piedade é o que julga por vingança.

Sempre acreditei que o martelo do Tribunal mais alto deste país servia para construir, jamais para esmagar.

Me enganei, infelizmente.

Você não precisa concordar comigo. Apenas leia a decisão e se coloque no lugar da ré e do julgador.

Jaylton Lopes Jr.

O FILHO DA JUREMA

 




Luiz de Dona Jurema nasceu na pequena cidade de Garanhuns, no estado de Pernambuco, Brasil. Seu pai era um amansador de jumentos e também roubava galinhas. Sua mãe era uma mulher gentil e amorosa, mas sempre traía o marido com um policial por nome Zé Suvela. Luiz teve uma infância feliz, caçando preá e roubando mangas, mas tudo mudou quando seu pai descobriu que sua mãe estava tendo um caso com um açougueiro local chamado Chico Buíque.


O pai de Luiz ficou furioso e chorou por duas semanas. Resolveu se embrenhar na serra para esquecer a síndrome do mal do chifre. Mas quando retornou, se separou de sua mãe. Portando apenas uma peixeira de 12 polegadas, um chifre convertido em tabaqueiro, cheio de pluma de algodão e uma garrafa de cachaça chora na rampa, ele se mandou para São Paulo. Não levou nenhum filho com ele e nunca mais falou com a mulher nem os filhos. Eventualmente mandava uma carta pelos correios. Luiz ficou arrasado com a rejeição de seu pai e se sentiu perdido e sozinho.


Sua mãe, no entanto, nunca desistiu dele e da família. Enquanto chamegava com Chico Buíque ela conseguiu persuadir um rico proprietário de terras chamado Demóstenes Torres a pagar a passagem da família para São Paulo. Luiz estava animado com a oportunidade de começar uma nova vida na cidade grande.


Quando chegou a São Paulo, Luiz ficou chocado com a riqueza e a violência que viu. Ele rapidamente aprendeu a se defender sozinho e começou a roubar e implorar por dinheiro. Batendo carteira e arrobando carros ele também começou a sair com uma gangue de crianças de rua e aprendeu a escolher as piores criaturas para conviver no mundo do crime até se tornar aprendiz de torneiro mecânico.

Quando descobriu que o governo indenizava quem sofria mutilações no trabalho, colocou o dedo na prensa e conseguiu arrecadar algum dinheiro.


A vida de Luiz foi difícil, mas ele nunca perdeu as esperanças. Ele trabalhou duro para aprender novas habilidades e, eventualmente, se tornou um criminoso bem-sucedido. Ele foi até eleito presidente do sindicato do crime local. O seu casamento com uma vendedora de perfumes da AVON mudou seu destino porque a mulher era escovada. Viúva do presidente do sindicato dos alfaiates de Gavião Peixoto, ela ensinou que os sindicalistas são criaturas que podem enriquecer rapidamente desviando o dinheiro dos trabalhadores associados.


O sucesso de Luiz o tornou um homem rico e poderoso, aliado de advogados desonestos e juízes corruptos. Ele conseguiu sustentar sua mãe e seus oito irmãos. Ele também se tornou um político poderoso e acabou sendo eleito presidente do Brasil.


Isso foi possível porque todas as lideranças do antigo Partido Comunista, treinados e adestrados em Cuba, China e União Soviética se tornaram seus aliados. Por defender os interesses das corporações estrangeiras como Mercedes e Volkswagen, além de Ford e GM, ele se tornou um xodó da poderosa FIESP. 


A vida de Luiz foi uma jornada notável da pobreza e desespero para a riqueza e poder. Ele logo esqueceu suas origens humildes e sempre usou seu poder para prejudicar os pobres e desfavorecidos e enriquecer os banqueiros da Faria Lima, bem como facilitar os negócios para as corporações multinacionais que o apoiaram desde o início.


Eleito presidente ele fez de tudo para mentir e enganar os milhões de brasileiros humildes e analfabetos e começou a ser chamado de "pai dos pobres." Essa alcunha lhe garantiu o apoio do governo americano para ser reeleito até a sua morte, prevista para o ano 2095, segundo as previsões de Mãe Dinah.

Em 2026, parte do empresariado industrial ficou insatisfeito porque Luiz foi subornado pelo governo da China e facilitou a entrada de milhares de veículos daquela nação, irritando seus pares da ANFAVEA, o poderoso sindicato das fábricas de carro.


Mas sua eleição está garantida pelos próximos anos porque ele tem o apoio dos militares, da imprensa e do Supremo Tribunal Federal que é uma espécie de sucursal do seu partido.


A história de Luiz é um testamento ao espírito humano. Mesmo diante da adversidade, sempre podemos encontrar uma maneira de superar nossos desafios e realizar nossos sonhos, mesmo que seja cavalgando sobre a miséria humana, campeando a mentira e a corrupção. E principalmente se aliando ao crime organizado que atualmente controla todas as favelas do Brasil, espelhando a violência e o terror, com o total apoio de Luiz de Dona Jurema.

A BAILARINA E EU



 A poeira da estrada grudava na minha pele, o sol castigava, mas a imagem dela dançando no picadeiro me impulsionava. Eu, filho do prefeito de Carnaúba dos Dantas, troquei a sombra dos mandacarus pela vastidão do sertão, guiado por um amor fugaz e uma esperança teimosa.

Lembro da noite em que seus olhos encontraram os meus, brilhando sob as luzes coloridas do circo. A música pulsava, o cheiro de algodão doce se misturava ao suor dos artistas, e ela, com seus movimentos graciosos e sorriso enigmático, me enfeitiçou.

Naquela noite, ela me amou com a intensidade de quem sabe que a despedida é iminente. Seus beijos tinham gosto de aventura, seus abraços, a urgência de quem precisa partir antes do amanhecer.

Quando o circo se foi, restou o vazio e a certeza de que precisava encontrá-la. Enfiei os pés na poeira da estrada, sem rumo certo, apenas a lembrança de um olhar e a promessa de um reencontro.

Mossoró, a cidade grande, me engoliu com suas ruas movimentadas e construções imponentes. Procurei por ela em cada esquina, em cada bar, em cada circo mambembe que encontrava pelo caminho.

A cada dia, a esperança diminuía, mas a teimosia crescia. Eu, o filho do prefeito, me tornei um andarilho, um fantasma que assombrava as ruas de Mossoró, em busca de um amor que talvez nunca existisse.

Uma noite, encontrei um velho palhaço, sentado em um banco de praça, com o rosto pintado e o olhar cansado. Contei minha história, a busca incessante por uma dançarina de circo.

O palhaço sorriu, um sorriso triste e sábio. "Meu jovem", disse ele, "o amor é como um número de circo, uma ilusão que nos encanta por um instante, mas que logo se desfaz".

Suas palavras me atingiram como um soco. A ficha caiu, a ilusão se dissipou, e eu me vi diante da realidade: um tolo apaixonado, perdido em uma cidade estranha, em busca de um sonho impossível.

Voltei para Carnaúba dos Dantas, com a poeira da estrada grudada na alma e a amargura da desilusão no coração. O filho do prefeito retornou, mas o andarilho que partiu nunca mais seria o mesmo.

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ADEUS CAICÓ






A Saga de Napoleão Lopes: De Caicó a Brasília
Capítulo 1: A Esperança na Terra Seca

Em Caicó, no coração do sertão potiguar, a vida de Napoleão Lopes era moldada pelo ritmo implacável da natureza. Aos 15 anos, em 1958, a esperança floresceu em seu peito com a promessa de uma boa safra. Com as primeiras gotas de chuva em dezembro, Napoleão, movido por um otimismo juvenil, dedicou-se ao plantio de milho e feijão. A madrugada não o deteve, e sem hesitar, deixou a casa às 3 horas, impulsionado pela ansiedade de ver a terra fértil sob suas mãos. O trabalho árduo se estendeu até o anoitecer, e Napoleão retornou ao lar com a alma repleta de satisfação.

Capítulo 2: A Crueza da Seca

A alegria, no entanto, foi efêmera. A seca implacável de 1958 castigou o Nordeste, transformando a esperança em desolação. As plantas, antes viçosas, murcharam sob o sol escaldante, e a colheita prometida se desfez em pó. A decepção de Napoleão foi profunda, uma ferida que se abriu em sua alma e o fez questionar a própria terra que o viu nascer.

Capítulo 3: A Decisão da Partida

A dor da perda e a sensação de impotência diante da seca implacável levaram Napoleão a tomar uma decisão drástica: partir. Aos 15 anos, ele deixou para trás a terra natal, rumo a Brasília, a cidade que surgia como um símbolo de esperança e progresso no coração do Brasil. A partida foi um corte profundo, uma ruptura com suas raízes e com a vida que conhecia.

Capítulo 4: A Vida na Capital

Em Brasília, Napoleão construiu uma nova vida, longe da seca e da lembrança da colheita perdida. A cidade moderna, com suas avenidas largas e prédios imponentes, ofereceu um contraste gritante com a paisagem árida do sertão. No entanto, a cicatriz da decepção permanecia, um lembrete constante da fragilidade da esperança e da crueldade da natureza.

Capítulo 5: O Ressentimento Silencioso

Com o passar dos anos, o ressentimento de Napoleão com a terra natal se aprofundou. A seca de 1958 se transformou em um símbolo de todas as suas frustrações e desilusões. Ele se tornou um homem amargurado, incapaz de perdoar a terra que o viu nascer e que, em sua visão, o traiu.

Capítulo 6: A Lição da Vida

A história de Napoleão Lopes é um conto sobre a fragilidade da esperança e a importância de não se entregar à decepção. Sua jornada, marcada pela seca e pela migração, revela a força do espírito humano e a capacidade de reconstruir a vida em meio à adversidade. No entanto, também serve como um alerta sobre os perigos do ressentimento e a importância de encontrar a paz interior, mesmo diante das maiores provações.