terça-feira, 1 de dezembro de 2009

JUROS QUE MATAM A ECONOMIA

De Dr. Adriano Pêgo para Dr. Américo:

Posta essa. Veja que com apenas a perspectiva de aumento da taxa Selic, não foi nada real, os Bancos já repassaram aos clientes o custo de captar dinheiro no mercado. Agora veja a disparidade da captação para o repasse. Tiveram de desembolsar 9,6% ao ano para captar, quando repassam a módicos 160% a.a. no cheque especial, 43% a.a. no Crédito Pessoal e 35% a.a. no CDC Veículos. É uma margem de lucro que vai de 250% a 1.000% a.a. É o melhor negócio do mundo!! Realmente vamos revisar porque a margem é enorme!!


Juros bancários voltam a subir
26/11 - 12:34 - Agência Estado


Após dez meses de queda das taxas, os juros dos empréstimos subiram em outubro. O custo médio do crédito ficou em 35,6% ao ano em outubro, maior que os 35,3% de setembro, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central.
Para o BC, no entanto, o movimento foi "pontual e esporádico" e levantamento preliminar de novembro mostra que os juros voltaram a cair neste mês, recuando para 35% no último dia 13.

A alta em outubro ocorreu porque, diante da perspectiva de aumento da taxa Selic, bancos passaram a gastar mais para conseguir captar dinheiro no mercado - e esse custo foi repassado aos clientes. A subida dos juros no mês passado foi a primeira desde novembro de 2008, no auge da crise. O aumento ocorreu principalmente nos financiamentos às famílias, cuja taxa média passou de 43,6% para 44,2% no período.

Obviamente, algumas linhas são muito mais caras, como o cheque especial, que custa 160% ao ano, e o financiamento de loja, com exatos 50%.

Mesmo sem aumento do juro básico da economia, a Selic, houve encarecimento do crédito porque subiu a taxa de captação, que é quanto as instituições pagam para captar dinheiro no mercado e emprestar aos clientes. Em outubro, na média, bancos tiveram de desembolsar taxa de 9,6% ao ano em operações como a emissão de Certificados de Depósito Bancários (CDBs), uma das mais tradicionais formas de captação. Em setembro, a taxa era de 9,3% e em agosto, no menor nível recente, de 9,1%.

O maior custo de captação acompanhou o comportamento do mercado de juros futuros, que subiu com força em setembro e outubro pela expectativa de que a Selic deve começar a subir em meados de 2010 para evitar a alta da inflação. "A taxa de captação é atrelada ao juro futuro, que é um mercado bastante volátil", minimiza o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Para ele, a alta desse custo para os bancos foi "um ponto fora da curva". "A alta não sugere alteração na tendência dos juros. As taxas devem retomar a trajetória de queda principalmente pela perspectiva de redução da inadimplência", diz Maciel.

O comportamento preliminar das taxas em novembro, que voltaram a cair, sustenta a argumentação do BC. Além da redução de 0,60 ponto na taxa média do mercado, até o dia 13, no crédito para pessoas físicas a taxa caiu quase 1 ponto porcentual, para 43,4% ao ano.

A inadimplência também dá sinais de reversão. Em outubro, a taxa média de atrasos superiores a 90 dias se manteve em 5,8%, mesmo nível de setembro. Nas operações para pessoas físicas, o calote diminuiu pelo quarto mês seguido, para 8,1%. Nos financiamentos para empresas, pela primeira vez desde novembro de 2008 não houve piora do indicador, que permaneceu no mesmo nível de setembro: 4%.

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