quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

OS CARTÉIS ZOMBAM DO POVO

ENQUANTO O PODER EXECUTIVO CONTINUAR A MANTER UMA RELAÇÃO DE PROSTITUIÇÃO COM OS CARTÉIS E ENQUANTO O PODER JUDICIÁRIO NÃO IMPOR CONDENAÇÕES ALTAS ÀS AGRESSÕES CONTRA O DIREITO DA POPULAÇÃO, VAI CONTINUAR ASSIM...

Oi/Brasil Telecom e Itaú Unibanco lideram ranking de reclamações do consumidor
BRASÍLIA - Empresas que passaram por processo de fusão no último ano assumiram a dianteira do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas, divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) e que reúne todos os procedimentos dos Procons de 20 estados e do Distrito Federal entre agosto de 2008 e agosto deste ano. Oi/Brasil Telecom e Itaú Unibanco aparecem em primeiro e segundo lugares, respectivamente, entre as empresas que não solucionaram reclamações e no total de queixas feitas por consumidores neste período.

- Não podemos ter processos de fusão com lesão ao consumidor - afirmou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) da SDE, Ricardo Morishita.

Para ele, não se pode afirmar que os processos de fusão são a única explicação para esse novo quadro. Morishita, no entanto, ressaltou que tanto o setor de telecomunicações quanto o financeiro são os que mais recebem reclamações.

Do total de 714.075 atendimentos feitos pelos Procons no país, 104.867 acabaram se tornando reclamações efetivas e, delas, 30% não foram atendidas pelas empresas.

Em 2008, eram apenas 22%. A Oi/Brasil Telecom (2.802 registros) e o Itaú Unibanco (1.563) foram as que mais deixaram o consumidor sem resposta, segundo o levantamento. Na sequência aparece a Claro, com 1.079 reclamações não atendidas, seguida pela TIM (973) e pela Sony Ericsson (763). A Gradiente também aparece entre as líderes dessa lista, com 630 registros sem resposta.

A operadora de telefonia e o banco também surgem no topo da lista das que mais receberam reclamações no geral. A Oi/Brasil Telecom puxa a fila. No cadastro do ano passado, a Oi estava em 7º e a Brasil Telecom, em 6º lugar. O mesmo ocorreu com o Itaú Unibanco, segundo colocado agora, que no ano passado nem fazia parte da lista das dez empresas que mais receberam queixas.

O balanço computou 5.966 reclamações relacionadas à Oi/Brasil Telecom a partir de registros dos Procons no período. Em segundo lugar nessa relação aparece o Itaú Unibanco, com 4.360 reclamações. Na sequência, estão a Nokia (3.598 registros), a Sony Ericsson (3.526 reclamações) e a TIM (2.376 reclamações), seguida pela LG (2.328) e pela Claro (2.259). O levantamento, no entanto, não leva em conta os registros de alguns estados de grande densidade populacional, como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

A Oi esclarece que é hoje a companhia com maior base de clientes no Brasil, cerca de 60,5 milhões de acessos, e está presente em mais de 30 mil localidades em todo território nacional com oferta de diversificado leque de produtos e serviços. A empresa argumenta que fazer análise comparativa do número de reclamações, é importante considerar número relativo à base, que neste caso representa 0,0098% do total de usuários de seus serviços.

A operadora acrescenta também que, além dos investimentos para melhoria e atualização de sua rede, tem ampliado investimentos para treinamento adicional de todos os operadores e coordenadores do call center que atende à Oi, cerca de 50 mil pessoas

Já o Itaú Unibanco informou que a posição do banco ` nos rankings divulgados pelo Ministério da Justiça mostra que a instituição deve se esforçar ainda mais para melhorar a qualidade de atendimento. O desafio é enorme porque agora envolve as expectativas do enorme contingente de clientes originado da união do Itaú e do Unibanco. A instituição reafirma o compromisso de todos os seus colaboradores de redobrar as iniciativas na busca pela excelência no atendimento e respeito ao consumidor`.

De acordo com a assesssoria do banco, o aprimoramento do atendimento às reclamações, logo no primeiro momento em que ela é manifestada, dos serviços de apoio ao cliente, da atuação da ouvidoria, a intensificação das ações corretivas e de aperfeiçoamento dos produtos e serviços estão no centro da iniciativas em desenvolvimento pela empresa.

Para Morishita, é preciso que haja mais efetividade das regulações no setor de telecomunicações, referindo-se à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Já para o setor financeiro, a grande preocupação agora está no segmento de cartões de crédito, que passa por um processo de autorregulação.

Fonte: O Globo, 2 de dezembro de 2009. Na base de dados do site www.endividado.com.br.

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